Tempos de crise financeira são sempre difíceis, e a tendência à inadimplência sempre aumenta. Muita gente simplesmente não sabe controlar suas finanças e gasta além do controle e acaba entrando em uma bola de neve, com uma dívida enorme acumulada ao longo de anos.
Se esse é seu caso, siga as dicas abaixo para sair desse buraco:

– Organize as finanças

O primeiro passo para sair desse buraco é fazer um levantamento da situação. Utilize planilhas ou aplicativos de gestão financeira para fazer seu documento de contas a pagar, a receber e seu orçamento mensal. Identifique e discrimine todas suas fontes de renda e também todos seus gatos fixos mensais e os despesas únicas também.

– Liste seus débitos

Faça uma listagem de todas suas dívidas, do valor devedir, quem é credor, parcelas, etc. A partir dela, você irá conseguir fazer seu planejamento financeiro para os próximos meses, sabendo qual dívida priorizar com seu orçamento atual.

– Negocie suas dívidas

Antes de pagar, tente sempre negociar com seus credores primeiro. Como provavelmente a situação já virou uma bola de neve, tente negociar prazos maiores, cortar juros ou diminuir o valor das parcelas, para que você tenha mais condições de pagar.

– Quite os juros altos primeiro

Dentre as várias dívidas existentes, é primordial que você elimine primeiro as que possuem juros mais altos, pois esses juros irão aumentar o valor total da dívida a cada mês.

– Economize e corte gastos

Não tem choro, em tempo de crise e se você está endividado, é necessário cortar gastos supérfluos e diminuir suas despesas mensais.
Alguns exemplos de gastos supérfluos: Comer fora com frequência, TV a cabo, limpeza do carro, academia, clubes, compras desnecessárias, viagens, etc.
Para a maioria dos itens acima, há muitas alternativas: Comer em casa e na casa de amigos, lavar o carro em casa, fazer exercícios em casa ou praticar atividades corrida, etc.
Se não puder cortar, tente diminuir o gasto. Por exemplo, se você não pode cortar a TV a cabo, tente um plano mais barato que ainda atenda sua necessidade. Muita gente tem pacotes “combo” com Internet rápida, telefone ilimitado e centenas de canais premium mas mal fazem uso de todos esses recursos. É possível cortar o gasto mensal com isso pela metade apenas ajustando o plano.

– Junte outras fontes de renda

Muitas vezes, dispomos de algum dinheiro disponível para resgate em algum lugar. Como por exemplo, o programa de Nota Fiscal Paulista (ou equivalente em outros estados), uma conta poupança, aplicações, fundos de garantia, herança, etc. Por mais que você possa estar juntando para planos futuros, a prioridade será sempre zerar suas dívidas e evitar que o prejuízo aumente. Liste também eventuais credores que você possa ter e negocie para que eles paguem suas dívidas.

– Venda

Em alguns casos, pode ser necessário se desfazer de algum bem material. Faça uma listagem dos seus itens de valor e considere a hipótese de vender algo que já não lhe é mais tão útil ou importante. Pode ser um veículo, imóvel, equipamento, mobília, peça de vestuário, jóias… qualquer coisa que tenha valor de mercado e possa ajudá-lo a melhorar seu caixa.

– Mude seus hábitos

De nada adianta você tentar todas essas práticas se você não mudar seus hábitos e estilo de vida. Aprenda a viver com menos, gastando e tendo menos. Não só é possível como acaba virando uma grande experiência de aprendizado e levando a uma vida muito mais feliz.

– Apoio da família

Se você mora com sua família e divide sua renda com eles, é primordial que você os conscientize do processo de reestruturação financeira que vocês estão passando. Eles precisam entender a situação e que podem responsáveis tanto por melhorá-la ou piorá-la. Não vai adiantar nada você tentar as práticas acima se seus filhos contiuarem gastando muito no cartão de crédito, por exemplo.

– Corte seu cartão de crédito

O cartão de crédito é o grande vilão da vida moderna, pois ele oferece uma ilusão de poder aquisitivo. A tentação de usar todo o limite é grande, mas na hora de pagar, muita gente acaba não tendo condições e entra no rotativo, que acaba, por muitas vezes, multiplicando o valor total da dívida em várias vezes. O ideal é deixar de fazer compras no cartão de crédito e pagar tudo com dinheiro, mesmo.